quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Teimosia

     Por que alguns conseguem o que almejam e outros não?

Creio eu que isso seja função de vários fatores, mas acho que depende primordialmente de um: a dedicação.

Se uma pessoa faz um bolo, qualquer um há de fazê-lo também. Basta saber a receita e aplicar os ingredientes na medida certa. Mas se uma pessoa for presidente, ou ter um nível espiritual muito elevado?

Fico pensando nas grandes pessoas da nossa história e quantas coisas elas inventaram, e sempre paro na seguinte questão: "como será que eles fizeram tudo isso?". Acho que esses indivíduos portavam uma coisa que todos nós portamos: uma teimosa incontrolável. Foi esse fogo por sabedoria, esse trator que passava por cima de tudo que levou eles a chegarem em algum lugar.

Todos que conseguiram tentaram, isso é fato. Mas creio que a diferença seja o número de vezes que as pessoas que conseguiram se levantaram antes de conseguir o que queriam. O caminho foi, com certeza, sinuoso e tortuoso para todos os seres deste planeta. De diferentes formas, de diferentes jeitos, nunca é fácil pra ninguém.

É no mínimo excruciante ver seu império se desmoronar e seus sonhos serem destruídos. Esse choque que derruba a maioria das pessoas. E a diferença dos portadores do sucesso é que eles se levantam. Se levantam uma vez, duas vezes, três vezes. Não se cansam de se levantar! Já foi dito: "Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado."
As coisas talvez tendam a desorganização por si próprias, mas com uma pessoa tendendo a perseverança muita coisa se muda. Por isso, não convém desistirmos do que queremos. Nem que pareça impossível, seja um amor antigo, um sonho difícil, ou um distante amigo. "Vamo se junta e vamo melhora essas coisa", como diz a sábia Maria.

Não vamos desistir. Não hei de desistir. Não hei de desistir.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O que ainda nos une?

Hoje está um dia abafado. Um dia não, uma noite. Deveras, foi uma sequência de dias quentes nesse tempo louco. Meus pais estão dormindo com o ventilador ligado, e minha irmã deve estar sofrendo nesse calor. Já a cachorra, como de costume, deve estar deitada folgadamente no piso frio.

São esses dias que vejo que todos nós temos algo em comum, por mais que sejamos tão diferentes um dos outros. Alguns tão distantes, de terras tão longínquas, com costumes tão diferente e realidades tão contraditórias. Mas, mesmo assim, conseguimos achar alguma semelhança dentro de nós mesmos.

E o que de fato surpreende: nós pasmamos (eta verbo estranho!) ao encontrar a tal semalhança. O diferente é sempre tido como exótico, quando não tido como uma ofensa. Quando descobrimos que existe alguém que não gosta de sorvete ou que é alérgico à chocolate ficamos incrédulos: NÃO É POSSÍVEL! Mas logo logo tratamos de dar rumo as nossas vidas, afinal, não era tão importante assim.
Agora, encontre alguém que, assim como você, guarde saquinhos de ketchup para posterior uso. Veja só o TAMANHO da sua surpresa!

E toda e qualquer semelhança é tida como um bônus. Parece que encontramos um pouquinho de nós mesmos no outro. Criamos tal laço de confiança e afeto que às vezes idealizamos tal pessoa.

Toda essa parte da semelhança é muito benéfica, afinal, é uma parte essencial do ser humano. É a natureza que está em você reconhecendo a natureza que está no outro, que na essência, são as mesmas.

E essas similaridades transcendem o espaço. Já encontrou alguém que não tenha derramado uma lágrima sequer por outrem? Ou tenha feito algo que não é muito orgulhoso? Que tenha muitos companheiros, mas amigos só aqueles poucos e bons?

A próxima vez que estiver chovendo e você estiver em um ponto de ônibus, repare que a desgraça vos une (e como une!) e como as pessoas se tornam mais amigáveis com uma situação em comum, mesmo que adversa.